Uma breve história dos vibradores

 Recentemente a teoria mais bem aceita do surgimento desses aparelhos foi refutada por historiadores que acreditam que houve um erro na apuração dos fatos 


The Technology of Orgasm (A tecnologia do orgasmo)

Por anos a teoria de Rachel Maines foi bem aceita e constantemente creditada por sua pesquisa e acréscimo á história dos EUA.

Sua tese consistia em como os vibradores surgiram como um tratamento para histeria. A doença que possuía mais de setenta sintomas possíveis afetava mulheres que se comportavam ou agissem de forma desordenada e anormal.

De acordo com a pesquisa de Maines, se comprovou que séculos atrás os romanos acreditavam que a histeria feminina era consequência da falta de sexo e tendo como base ela afirmou que sem compreensão do funcionamento do corpo feminino os médicos do século XIX passaram a praticar massagens pélvicas "masturbação" nas mulheres com sintomas da tal histeria.

Segundo seu livro os médicos não compreendiam que essas massagens manuais eram estímulos sexuais, e por isso prosseguiram com os tratamentos.


Com o passar do tempo desenvolveram vibradores para facilitar os tratamentos, um bom exemplo seria o vibrador á manivela (ilustração acima) que se tornou muito popular entre os médicos do inicio do século XX

Seguindo essa linha de pensamento Rachel Maines defende que com essa origem os vibradores foram se desenvolvendo e passaram de ferramentas medicas para produtos de prazer sexual por volta dos anos 1960 com a revolução sexual onde o termo histeria caiu em desuso e perdeu a carga pejorativa que reconhecia mulheres como seres descontrolados.

Vibrador elétrico datado de 1909

Como dito anteriormente, essa teoria vem sendo criticada por especialistas que afirmam não haver consistência nas provas.

Segunda teoria

Nesse estudo os vibradores de fato surgiram como parte do tratamento para histeria, no entanto, eles não passavam de massageadores para pernas, cabeça e costas sendo usados tanto em homens como em mulheres.

Ainda é abordado o fato de que mesmo que a sexualidade feminina fosse e ainda é um grande tabu, não faria sentido que os profissionais de saúde simplesmente não compreendessem o que são estímulos sexuais no corpo feminino.

Vibrador Sanofix

Ainda segundo essa teoria, os produtores de vibradores da época notaram que seria mais rentavel vender os itens diretamente para as consumidoras visto que os médicos especializados em histeria eram poucos.

Assim o item passou a fazer parte do dia-a-dia das famílias e com o tempo passou a ser usado para além da massagem nas costas, se é que vocês me entendem. ;)

Nesse momento por volta das décadas de 1950/60 os anúncios de vibradores começaram á tomar novos rumos e explorar públicos mais jovens e modernos que queriam conhecer esse produto que poderia proporcionar prazer ás mulheres.

Anúncio de vibrador para mulheres 
(1953)


De qualquer modo os vibradores não surgiram como item para satisfação feminina mas sim para "curar" uma doença que julgaram ser típica de mulher. Quaisquer comportamentos considerados exagerados eram vistos ou como histeria ou como bruxaria, logo a simples ideia de sexualidade feminina era vista como algo abominável e errado.

Ainda hoje vemos reflexos dessa realidade que durou centenas de anos, privando mulheres de sequer se interessar por seus próprios corpos.


E você, acredita em qual das duas teorias? Conta pra gente!


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